Olho-te dentro das ogivas dos teus olhos tamanhos
e encontro-me corsária, moura, amante, à bolina
do vento Sul. De um vento, suave e quente,
prazeroso, vagaroso, que me impulsiona para Norte.
Amarelos, rolam os girassóis, hélices de caravelas
modernas. Pássaros escarafuncham sementes em
ressequidos canteiros. Obreiros de repovoamentos,
iniciais Marinheiros, buscam-se nas raízes áridas
das fronteiras ensanguentadas de batalhas.
Filhos dos Astros, audazes garanhões de rodeios,
os Sentimentos emergem da pedra sepultada no
ventre da vaga. Da pedra, não resta quase nada,
desfeita em pó. Afagas-me o corpo da Alma,
amas-me no ventre do corpo.
Liberto-me. Sou folha resgatada da valeta da Vida.
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