Em mim, há uma noite –
Onde me refugio para a morte.
A lembrança paira pela janela de minh’ alma,
Sangrando até a última liça,
E após o seu desterro,
Mata-a com a solidão.
[Sou filho da carne].
Em mim, uma negra alma
Que me intera a vida.
Em mim, uma noite escura
Penetra e me carrega à ilusão:
A morte! O carma!
No espelho, uma imagem criada de mim:
Calada, espectadora de si.
Mas, não sou eu...
Perdido, abandono os sonhos,
Preso às paredes.
Meu nome, escrevo
Num livro de capa preta
Com uma caneta preta
E dedico a mim as últimas palavras
Da “Árvore Morta”, corroída por vermes que a entranharam
Até deixá-la sem vida e alma –
Apodrecendo e mofando
As ilusões, o tempo as constrói.
No chão gélido, quedo-me!
Davys Sousa
(Caine)