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Ode aos Poetas Malditos

 
Ode aos Poetas Malditos
(Davys Sousa, Teresina, 2005)


Vinde, Poeta necrotérico sob a influência

Misantropa, deletéria da vida e da morte

Na dicotomia das inorgâncias ciências

Da dor e dos abismos da alma cujo forte

Chamado a amiga antiga transmite fluências

As artes necromantes de Mefistófeles.



Oh, Poeta deserdado no Templo de Bacó,

Flor do vale da sombra na legião de Anjos Caídos.

Príncipe Maldito! Vá a câmara do Faraó

E suscite vossas palavras ao presente

Da angústia e da dor. Eis, tua face

Cujos vermes a, então, corroem em alusão

Às verdadeiras ilusões de um homem.



Vide, Poeta Misantropo das artes secretas,

As verdades íntimas do Dragão da Castidade

E o verme deletério e itinerário da Irmandade

Operando nas tarefas dos iconoclastas,

A ciência Negra como Érebo.



Vá, Poeta Maldito com suas pragas

Contaminando seus rios e tão mórbido

Veneno de que a alma se enche.

Vá, Cavaleiro da Meia-Noite sob os sóis dos herméticos

E com a euforia de Mil Serpentes.

E vá aos calabouços da alma revelar as sementes.


Davys Sousa
(Caine)

 
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caine
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