de sangue e carne
são feitos os meus versos;
não julgues que de ofício
fingidor os imagino;
sofrimento, sem artifício,
lágrimas perdidas,
em silêncio
explodido
e se venho aqui chorar,
é porque nenhum ombro ali fora me aguarda...
por isso, meu amigo, deixa-me sair,
correr ao meu amado deserto e gritar
José Jorge Frade