A lua funebremente pálida
Queima num céu de ressentimentos.
Choremos, neste mar de lágrimas que palpitamos!
De dúbio e sibilino presságio
Aos fins de nossos dias, (as flores do holocaustro)
Rastejando na mórbida areia do tempo,
No que somos forjados sob o calor de um dia terreno,
Forjados pela àspera natureza e por nossos abismáticos
Surtos de devaneio.
A vida, esta velha masmorra de medo e existência!
Nela, somos solventes.
O Tempo nos age como um mar avulso,
Frio e inquietante devorador das correntes -
Nós! levados pela simples ânsia e impaciência
Que ele traz consigo.
A lua paira em minha visão
Aquecida pela constância de solidão.
As sombras revelam seus sinais na escuridão,
Acordando com nossa obscuridade.
Davys Sousa
(Caine)