Urge acontecer corpos ponteados em ziguezague,
no Tic-Tac sincrónico, da suprema arte de serenar as águas.
Anjos ou Demónios compassados, por metronomos
de entrega, de volúpia e de prazer.
Urge Amar.
Urge soltar o pranto coalhado no bocal de ânforas
afundadas em naufrágios desiguais.
Urge acontecer o contraste entre a brandura
do teu colo de algodão e o ruído estridente
da inclinação intempestiva das cataratas da Vida.
Urge acontecer a partilha do olfacto povoado
nos olores caucásicos de anoitecidas camélias.
O tacto serenado dos verdes maciços de Azaleas.
O afago dos teus beijos nos teus seios de Buganvílias.
Urge, neste espaço habitado, dar cabimento
aos ritmos reflorestivos dos Abrunheiros-de-jardim.
Ouvir a voz fontanária, ouvir do Mar e do Vento,
cânticos, gemidos, lamentos. Ouvir, com os ouvidos abertos
da Alma, distinguindo um a um, cada acorde, riso ou lamento.
Urge o respeito perpétuo no palco dos afectos
pelos nossos metabolismos comuns.
Urge a partilha, de nós, Gentes - iguais e tão diferentes.
Urge, hoje e sempre, o Amor!
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