Em venenosas incongruências,
se tecem as consequências.
No feitiço das afectividades,
se exponenciam as vontades.
No resquício da existência,
se estrangula a decadência.
Célere de vivências explosivas,
em sociedades inactivas.
Âmagos de sentimentos turbulentos,
em contextos de niilismo sem intentos.
Ira das fogosidades,
em selvas humanas sem vontades.
Esplendorosas seduções,
que aniquilam religiosas castrações.
Contorções emancipantes dos intelectos,
fulminantes de sagrados dejectos.
Suores estridentes de lascividades,
degoladoras de inactividades.
Diatribes emotivas da consciência,
avassaladora da inconsequência.
Rumos artísticos sem destino final,
no esgoto pérfido da vacuidade abismal.
Perfeccionismos de corpos e mentes,
em entulhos sociais decadentes.
Profanações recorrentes da ignorância,
em relampejos abissais da extravagância.
Moldam-se e adornam-se corpos hiperbóreos,
enterrando infantilismos mentais inglórios.
Somos.
Vivemos.
Acontecemos.