No galope do falecido os sonhos esquecidos no decorrer das decepções humanas,
Da entrega e do pacto, do preço e da malignitude em extensa insatisfação mundana,
A representação do desejo inalcançado,o espelho de quem realmente somos,
Naquele que não reflete a própria imagem vagando sorumbático,
Expressão máxima de força no desafio arrogante do batalhador incansável
Acumulando o peso de tantos espíritos estigmatizados.
No instante em que os últimos raios de sol tingem o horizonte inóspito
Ossos despontam em peitorais cansados de respiração ofegante,semi despertos,
Olhos vidrados vermelhos e abertos detendo a força da natureza que levanta-se,
Ergue-se radiante na espectativa de mais mortes e glórias infernais.
Sinfonia licantrópica,empalidecidos aldeôes recolhidos,
Ofertando sua inocência em monumentos fúnebres
De infelizes contrastes e vincos de tristeza nas faces de muda desgraça
Da janela observando o trancorrer de prantos e desfiles mórbidos
Em caixões ricamente ornamentados de onde acenam condes odiosos.
O frio traz dor aos ossos enfraquecidos,traz lembranças e imagens de antigos ritos
Decepados filhos e iluminados banidos,vidas vazias como as tumbas do anoitecer,
Nenhuma surpresa com mais um desaparecido infante,clemência por tua alma
Clemência por todos que caminham desolados de infinito fardo tombado nos ombros,
Mártires anônimos em sangue que escorre abundante nas colinas dos Cárpatos.