− Quem és tu menino do pátio?
− Quem és tu que apareces da imensidão;
E desapareces na escuridão?
− Quem és tu que por aqui andas?
− Quem és tu que de voar nunca te cansas?
− Quem és tu que não te cansas de brincar,
Que não te cansas de sonhar?
− Quem és tu, ó do pátio?
− Quem és tu que o meu olhar prende?
− Porque é que és só tu que me compreende?
− Porque não vens quando por ti estou a chamar?
− Quem és tu?...
− Quem és tu que não paras de me encantar?
Um dia por ti chamei;
Ao meu encontro vieste e de respirar parei...
Finalmente ia conhecer o filho da escuridão...
O príncipe da imensidão...
Aquele que de curiosidade faz bater o meu coração...
− Quem és; menino do pátio?
Finalmente ia descobrir,
Para a escuridão deixaste de partir...
Mas eu comecei a sofrer
Pensei que era uma partida...
Não acreditei no que estava a ver
Perdi completamente, a razão e calma...
Pois descobri que o filho da escuridão, o menino perdido no pátio,
O dono do escuro e vasto átrio;
Era afinal a minha há muito perdida alma...