Agarra o Mundo, com ambas as mãos;
sê cuidadoso com ele; é tua a sua fragilidade.
Revê-lhe, de igual forma, os sins e os senãos;
entende-lo é mostrares-te, em toda a tua humildade.
Pois é ele que alberga, toda a diversidade de vidas,
sem preconceitos de raça, religião ou ideais.
O mal cabe ao Homem, pelas gerações perdidas,
não lhe acarretes pois, os teus gestos individuais.
Ele é tão-somente, o que dele fizeste;
Mundo desesperançado, em total discórdia.
Guerras travadas, deixaste-lhe corpo agreste,
onde há muito desapareceu, a tua misericórdia.
Perdidos na nossa altivez, supra sumos da decadência,
revolvemos-lhes a terra, até onde nada mais cresce.
Não viste, Homem, que na tua indecência
precipitada e egoísta, todo o mal é teu e acresce?
Então agarra o Mundo, com ambas as mãos,
que ele de ti carece, o bem que lhe teces.
E sejamos finalmente todos irmãos,
que se em responsabilidade vivermos, assim as nossas messes.
Jorge Humberto
23/07/08