Rosas Perdidas
Minha alma está em agonia profunda.
A lua ilumina meus esquálidos passos.
Minha alma, na verdade, meditabunda
Na índole em que ela já me diz: ‘- Lança-os!’
Respiro-a nas paragens, que ao longe, vem
De meus febris pensamentos. Eu, verme matador
De meus sonhos. Que louco estranhar de mim
Vem me deixar delirante posto ao repouso
De meus devaneios. Oh, ausente luar branco
Que jazem, minha presença diante do meu túmulo
De rosas que beijei e que se entregaram
Por tamanha devoção ao prazer e minha desesperança.
Oh, rosas bestiais! Oh, rosas divinas!
Corro em minha alma
Com os segredos, seus, escondidos na pele impenetrável
De suas frágeis geografias. Oh, que paixão sufocável!
Respiro-as até o último desejo que possuo.
Respiro suas doces saliências.
Oh, Rosas despertais, para meu coração pernóstico
E triste que exala dores de parto e despede-se.
Oh, Rosas de tal religiosidade.
Davys Sousa
(Caine)