Ilustra o seu soneto com a poesia
que saída das entranhas do sentimento
profundo que num poeta vira lamento
se a dor corrói-lhe a alma em demasia
Versos vão brotando em perfeita primazia
fonte de vernáculo unta como ungüento
inspira seu âmago puro atrevimento!
eloqüência dum querer que vem arrevelia…
Tece em letras quentes sobre a lápide fria…
dá nova vida onde jaz um testamento
convence o ateu sobre falso juramento…
Ao intérprete faz chorar de riso ou alegria
inventa do nada um sentir que não é seu
nunca existiu – nem sentiu – dor que corroeu!
Assim se faz o poeta na criação da poesia!