Sob a vidraça embaçada balanço cadente
em noite de lua cheia razão vertiginosa
delírios da minha mente, tão minuciosa
contorno sensual de camisola transparente...
Solidão inquietante silêncio adjacente
meia luz de abajur num traçado cor-de-rosa
fragrância devoluta mulherona formosa
olhar preso no vazio quase indiferente
Imprecisos devaneios forma bem saliente
penumbra da sacada silhueta garbosa
displicente, quase nua, travessa, majestosa...
Ímpeto fracassado... na testa suor latente...
levanto meio ofegante, indecisão no olhar
nada real ao redor – reverso desse sonhar...
São restos de solidão – num coração tão carente!