Eu já conhecia seu blog, muito antes de participar neste site (embora já estivesse cadastrado há algum tempo). Sempre admirei muito, em sua escrita, essa sua sensibilidade única.
O problema do plágio, a meu ver, não é da pessoa que é plagiada, mas de quem está plagiando (principalmente em caso tão evidente como este – copy/paste).
As pessoas que o fazem têm uma grande necessidade de auto-afirmação, podem até ter sentimentos muito fortes, mas não têm capacidade de os exteriorizar.
O plágio é um caminho muito fácil que muitas pessoas encontram para chamar a si a atenção que necessitam para lhes aumentar o seu ego. Acredito mesmo que muitas dessas pessoas crêem na mentira que plagiaram como se fosse uma “verdade” sua. Estas pessoas já se julgaram a si próprio e já se condenaram, refugiando-se nessa sua condenação e responsabilidade. Mentem para fugir à realidade, poderei dizer que é um sintoma de debilidade psicológica. Este é de facto um problema da pessoa que plagia, não seu.
O seu problema prende-se unicamente com os direitos de autor, mas são muito poucos os casos literários em que os direitos de autor são postos em causa (salvo raras excepções, não creio que as pessoas queiram plagiar para vender). Quem plagia não teme o resultado desse plágio, nem a condenação dos outros porque já se sentenciou a si próprio e quando vem a saber desse resultado, já nada é inesperado, porque sempre viveu preso no castigo da sua atitude.
Tanto na mentira, como no plágio, não podemos ignorar que a justiça – a verdade - nada tem a ver com a saúde mental das pessoas, pois estas ignoram esse conceito, apenas sabem que conseguem, durante um período maior ou menor de tempo, que as coisas, as pessoas, os amigos, sucedam e cheguem de uma maneira mais confortante para os seus desejos da mente, ainda que saiba que é fictícia ou falsa.
Quem mente, quem faz plágios, fá-lo para controlar ou contornar uma situação, mas jamais é feliz por isso. Tem um grande problema. E você, “Magia”? Não tem problema algum,antes pelo contrário, tem um reconhecimento, pois com a “magia das palavras”, passo a sua expressão, consegue a admiração, não só dos amigos, mas também de muitos outros, onde eu me incluo.
O site “Luso-Poemas”, passando a publicidade, ou outro qualquer, não é perdido nem achado neste assunto, as pessoas escrevem mentiras ou verdades porque lhes apetecem ou lhes convém, são elas que decidem, não são os outros. Tornar um problema da pessoa que faz plágios num problema de outros, no meu ponto de vista, não será muito correcto, mesmo que a pessoa que plagia, não se irrite, não se canse e possa sair a ganhar, ela nunca, mas nunca, (podendo haver algumas raras excepções), poderá ir longe e manter a sua dupla face durante muito tempo. Irei acreditar na frase de Nathaniel Hawthorne: “Ninguém consegue apresentar durante muito tempo uma cara à multidão e outra a si próprio sem acabar por não saber qual delas é a verdadeira.”
Um dia escrevi em outro site, sobre plágios, o seguinte:
“Plágios e mais plágios muito se tem falado por aqui. Eu não creio que Fernando Pessoa ou Vinícius De Moraes ou outros grandes poetas, que foram e continuam a ser a base de inspiração para o mundo dos escritores, vivessem preocupados com o plágio dos seus poemas, acho mesmo que eles só se preocupavam com a sua poesia, pois quem se entrega verdadeiramente ao que escreve não deve temer ninguém.”
Como vê, “Magia”, você está muito acima de qualquer pessoa que plagia seus escritos.Se isto não a prejudicar monetariamente, porquê abalar-se psicologicamente com isso? Deixe os outros julgarem serem felizes com as suas mentiras, se isto os fizer mais felizes, estará a contribuir para a felicidade de muitas pessoas, mesmo que seja por momentos… há pessoas que têm tão pouco, que só encontram algo de muito confortante nas “mentiras”…é sempre bom fazer abrir os olhos dessas pessoas e dizer, não a elas, porque sabem o que fazem, mas aos outros: - “olha, que está a mentir”… como quem diz: estás a sonhar, acorda para a realidade… pois todos nós também temos o direito de saber qual das faces é a verdadeira.
E acabo por aqui dizendo obrigado por tão grande sensibilidade.