Despertei no teu silêncio outonal de entardecer nublado,
E sorvi todas as lágrimas de solitário desespero,
É imperativo agora que da minha tumba sacrílegos desejos ressurectos, perigosos,
Caminhem feito verdade desnuda,estranhamente bela, magra e infeliz do incorpóreo retorno
Em beijos cálidos que tiram sangue quando concretizados.
Satã violou meu túmulo ,como anjo reverenciado,
Na atmosfera de inércia descrente,atônita.
É como acordar com a pele marcada em nuances de cinza pálido,
Como o doente crônico resginado confundido com serenidade plácida,
O que ganha sentido no fim das contas apenas reintera a dor de outrora guardada,
Em insconscientes lamentos revelados em sonhos.
Eu vi o silêncio mover-se na aurora,em teus grandes olhos o pecado,
Teus tãos meus apaixonantes olhos negros de cílios longos,
Onde sombras desviam-se do Hades para contemplar o reflexo da paixão encarnada,
Erguendo braços e pernas quase atrofiadas soprando a poeira do descaso ,
Arrastando o pesado rito funerário para encontrar-te.
Abraça-me enquanto acarinho teu pescoço firme e sanguíneo pulsante,
Antevendo o êxtase de último desejo realizado em vivo orgasmo,
Fingindo resistência para que o consciente perdoe sua falha em pacto macabro,
Em relativa moralidade de raro e necrófilo, não, necromântico prazer.
Forças se vão nas idas e vindas de fortes estocadas,
Ganhando asas enegrecidas em espalhadas risadas
Ciprestes e lírios, quadros e velas sua importância não cede em nada,na criação da atmosfera apropriada de Sombrio desígnio alcançado,
Quando tornamo-nos um só,desfilando fora do caminho despretensioso de gratuita malignidade
Nos sádicos e voluptuosos dias de luxúria,assombrando as praias de areia escura
Contornamos os rumos de mistérios fantasmagóricos.