Luso-Poemas
 
Sonetos : 

CHORO D'ALMA

 
O meu grito exacerba o meu dom!
As minhas unhas cravam a incerteza
Não que eu me sinta a casta princesa
Não que eu exale perfume de flor!

Não que eu feche as janelas da alma
Nem a arca dos tesouros que carrego
Nas matilhas dos dentes que entrego
À fina chuva que escorre sem a calma...

Do desdém do mundo... sou o cansaço
Quedando já neste corpo sombrio
Das dores deste pranto, um peito

A acudir meus sonhos desfeitos...
Não aqueles que se ganham como lírios;
Mas, os que se perdem em outros braços!


(Ledalge, CHORO D'ALMA)

"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)

 
Autor
Ledalge
Autor
Textos deste autorMais textos
Rss do autorRss do autor
EstatísticasEstatísticas
 
Texto
Data
Leituras
824
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
Enviar este texto a um amigoEnviar
Imprimir este textoImprimir
Salvar este texto como PDFCriar um pdf
4 pontos
4
0
0
Recentes
O silêncio
Oásis
DÚVIDA
SONETO AO AMOR
RESPIRAR
Aleatórios
AMOR ELEITO
A CARTA
Eu quero um poema
VIAJA
POEMA RELAÇÃO
Favoritos
LIBERDADE...
O mundo dos sinais
PESCADOR DO LIRISMO
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 20/07/2008 08:02  Atualizado: 20/07/2008 08:02
 Re: CHORO D'ALMA
Muito lindo. Diria que neste soneto o sotaque de Florbela é mais do que evidente.E Legalge é um rio imparável...Beijinho


Enviado por Tópico
MariaSousa
Publicado: 20/07/2008 12:18  Atualizado: 20/07/2008 12:18
Membro de honra
Usuário desde: 03/03/2007
Localidade: Lisboa
Mensagens: 4047
 Re: CHORO D'ALMA
Leio sempre os teus sonetos. Gosto mesmo muito deles.

Bjs

Links patrocinados

Páginas em

Páginas sobre