Meu ex-amor, no silencio d’uma noite de janeiro
clara luz de luar assistiu ao amor que lhe dei
viu-me chorar também no instante derradeiro
na tristeza do meu coração, assim, que o deixei...
Mesmo luar testemunhou nosso encontro primeiro
dos passeios no jardim e das vezes que jurei
entrega minha de todo amor foi alcoviteiro
sabe tão bem que foi o homem a quem mais amei!
Sofrer assim, não há coração que fique inteiro
suas mentiras – da sua ida – segredos de que não sei
sumiu na estrada sem acenar atrás do outeiro...
Se foi covarde – não sou culpada - também errei!
se minhas lágrimas, se meu amor, não valem mais
vou lhe esquecer – não mais lembrar de cenas iguais!
Talvez um dia, sem mais dor – verei que foram normais!