Ao fim deste tempo o que nos resta?
Quanta lágrima caída, quanta saudade disfarçada
Na asa aberta, de uma gaivota que passa …
Ao fim deste tempo, do tempo que se dilata
E tudo arrasa, o que fica para além
Desta mágoa alcantilada, que nos fustiga,
Nos faz prisioneiros e carcereiros de
Nós mesmos?
E este grito, e este sentir aflito,
E esta dor que nos consome
O peito, amor?
E o gesto parado… nesta margem …
E a vontade de abraçar …
De chorar no teu peito, no meu peito,
Amor … África!
Minha África …
Ao fim deste tempo
Fica um horizonte cinzento
Um silencio de Outono
Em nossas vidas
Uma tristeza que nos cinge –
Abraça o Sol, nestes rochedos …
Uma nebulosa pendurada na janela…
Que nos fustiga e nos corrói a Alma…
E um pranto, e um fel …
Um esvoaçar de asas nimbadas …
Navios carregados …
Tesouros que apodrecem,
Parados, abandonados,
Acorrentados, no fundo de um convés.
Ao fim deste tempo o que nos resta?
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