à memória de paul éluard
fazias questão de dormir sempre bem:
pó em liberté nos dedos.
mas o livro aberto não te defendia
do facto do poema não ser espanta-medos
nem outrossim esconjurar o desengano de a voga do verso
se fazer
(contra-correntes
de masoquismos e metáforas)
a boiar ao sabor da morte.
mil novecentos e setenta e oito assinala o ano do meu
nascimento.