Qual a diferença dos outros,
que não a diferença, que vem de nós?
Não fugimos ao que é doutros,
que a natureza deu-nos a mesma voz.
É certo e sabido, a cada qual a distinção,
mas a todos a mesma referência.
Em todo o peito bate um só coração,
o resto não passa de pura ciência.
No julgarmo-nos mais do que os demais,
é que nos afastamos todos do essencial.
E comportamo-nos como a alguns animais,
resguardando o seu parco manancial.
Tornamo-nos desconfiados, de simples actos,
olhando de esguelha, deste para aquele.
Não seremos nós, quem erigimos os factos,
os vivenciamos, como o que é dele?
Assim seria, se cada um se comporta-se,
com o merecimento cabido a cada um.
E a vivência comunal resgata-se,
com o mesmo entusiasmo, devido a algum,
que aqui passa-se, altruísta e humilde,
repartindo o que é seu, com as gentes.
Todo o ser humano que neste mundo vive,
se tem diferenças, eis que estas são só aparentes.
Jorge Humberto
17/07/08