Observando esta flama que consome o dia,
Em luz pálida que confunde-se com aurora,
Desperta em mim a saudade e então
O desejo de estar morto revigora-se.
De conformismos leva-se a vida adiante
Embora não ouse assim denominar esta existência,
Vida, mas que é esta vida ?
Apenas palavras ternas em desalento junto à Criptas,
Nos passeios noturnos de flores e lágrimas Recolhidas.
Em aflitas súplicas surdas pois não podes atender-me,
Incerto é rumo que levo quando caminho já no escuro
Repousando em pedra fria junto ao teu leito.
Na sinfonia de incontáveis lamentos de espectros
E criaturas de má sorte em agouros e tristezas variadas.
Que desabe a noite em amor declamado,
Diante de profanas fogueiras de paixão,
Turve minha vista,entorpeça meu coração e sangue amargo não corra,
Para que então encontre a paz repousando n`algum caixão.