Sonho-me, sonhando-te.
Nada no sonho desvanece.
Em mim é e permanece,
meu amor guardando-te.
Em meus braços te acolho.
Corres-me no peito.
Das flores o trejeito,
se pela tardinha te colho.
Em jardins reinvento-te.
Aí te ponho e mil cuidados.
Teus sonhos desvendados,
são-no quando intento-te.
E é tanto o gesto percebido,
que basta um esgar aqui.
Ser pra ti o que és para mim.
Que no verbo fica subentendido.
Minhas cartas de amor,
guardo-as como adolescente.
Quem se diz carente,
não sabe de nosso louvor.
Por isso faço versos e rimas,
sem dos poetas a perfeição.
Só para dizer de meu coração,
que em meu ser tu encimas.
Jorge Humberto
16/07/08