CREPUSCULO
O manto da noite desce.
Suave tal qual a neblina.
As luzes se acendem.
Individualmente como...
As estrelas no firmamento!
Neste final de crepúsculo.
Fitando o céu que num misto
De negro e alaranjado...
Voa um pensamento...
Uma saudade retorna!
Sem piedade a tristeza!
Num maremoto de lágrimas!
Invade a alma carente...
lembrança açoita a mente!
Teu vulto se mistura,
Com meu olhar turvo...
Perdido no horizonte!
Sem direção, sem definição!
Os sons alucinantes do tráfego.
Misturam-se ao ritimo
Descompassado do coração.
Vem e traz consigo a paz!
A paz que, há muito já esqueceu...
Na atribulada existência...
Nas entranhas do tempo!
Consumido pelo progresso
Morre ao regaço!
Um espírito criança,
Sem deixar mensagens...
Da vida a esperança!
THOMAZ BARONE NETO