Conduzia um querer por alamedas dolentes
nas quais se viu um dia a chorar sem seu amor
qual sereno juntou-se às lágrimas dormentes
que jaziam presentes como num jardim em flor
Quis libertar-se do amor talvez intermitente
quisera mandar no tempo pra demolir a dor
retalho do coração tornou-se emoliente
que dor – a mais dolorosa a se recompor!
Dias...horas...que não passavam, seu sol escureceu
a face desbotada tornou-se indiferente
riso que ela tinha de tristeza emudeceu
Mesmo sem mandar no tempo uma luz apareceu
refez-se os retalhos – coração sobrevivente
como por encanto padecer desvaneceu
Revigorou-se o riso – sua vida renasceu!