Lembrança fez-se descrente talvez indiferente!
doce ilusão – quimera para longe tangida
tristeza sufocada – foi-se de todo sofrida
olhos presos no nada loucura inconsciente!
Senta-se à beira da estrada fita amargamente
bolhas trazidas nos pés já se fizeram ferida
cansaço fulmina peito insiste dar-lhe guarida
verga-se ao caminho estendido à sua frente!
Tarefa ainda por vir titubeia nessa mente
sereno da noite fria deixa saudade tolhida
refletida no espelho ademais enfraquecida
Mesmo sem haver força carece de soerguer
tateia na escuridão seu talismã companheiro
concepção de triunfo vem no ato derradeiro
Chama alumia o peito – das cinzas ergue refeito!