No dia em que me libertei
Deitei e adormeci;
E adormecido sonhei
Com uma grande aranha negra
Que habitava o fundo de uma caverna estreita.
Depois de muito fugir, finalmente,
Pude chegar por trás dela
E golpeá-la com uma adaga.
Num chiado ela se debateu
Espalhando grande quantidade
De um líquido viscoso e negro pelo chão.
Ela habitava em mim,
Enquanto em mim habitou
O que carecia resolução.
Meu problema era uma grande aranha negra
Que consegui matar dentro da caverna estreita,
No dia em que me libertei.
Frederico Salvo