Num dia como hoje, ninguém logra estar assim,
Disperso da latente magnificência da alegria,
Incógnito entre o que sou, e o sentir-me afim…
Divago em pensamentos, para longe de ser eu,
Expectativa esboçada em sonhos, intacta felicidade,
Acordo, volto à dura e impenetrável realidade,
A alegria de tão consagrada, à muito me esqueceu…
Hoje, aquém da briosa refulgência do dia
Que me fez sentir pleno, caminho paralelo à estrada
Vítrea, que me faz ver, mas sem poder tocar a alegria…
Num dia como hoje, traiçoeira sina me mantém afim,
Não sei quem sou, vulto de um rosto em frente ao partido
Espelho, partindo-me tristemente também de mim...
Paulo Alves