Sonetos : 

IMIGRANTES À FORÇA

 




Avistei, ao longe, o que me parecia,
No horizonte, a breve luz do dia,
Por sobre as águas do imenso rio,
Correndo livre no amanhecer sombrio,

Que a tudo negava a sua fertilidade,
Como quando se acena a uma saudade,
E vê-se partir o mais ente querido,
Que na sua terra não foi acolhido.

Eram sombras de nostalgia e de medo,
Quando o comboio partiu para a estranja,
Levando consigo todos a arremedo.

Hoje, longe da sua augusta cidade,
Trabalham como a maior franja
De trabalhadores, em disparidade.

Jorge Humberto
05/03/07




 
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jorgehumberto
 
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Enviado por Tópico
João Filipe Ferreira
Publicado: 05/03/2007 22:18  Atualizado: 05/03/2007 22:18
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 Re: IMIGRANTES À FORÇA
uma realidade belissimamente colocada em soneto.
parabens sonetista luso!!