O chão que arde nos meus olhos, deslumbra
Queimando a fibra que sustenta o meu peito.
No eclipse dos pesadelos do leito,
Como leões em jaulas sem juba!
E brava, sigo a imensidão do olhar!
Matando quem sempre me desejou...
Por matas de escombros sem pudor,
Eu sou a arma que te fere no amar!
Da selva de Dante, dos anéis proibidos,
Dos lírios, que carrego em minhas mãos...
Fagulhas de estrelas, dores mitigadas
Sou nua na alpendre madrugada!
Sem farsas, vou desbravando essa canção;
Como o eclipse que reina sem conflitos!
(Ledalge, ECLIPSE 11/07/2008 21: 08)
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)