Talvez esta seja a última folha
Talvez esta seja a minha escolha
Talvez ... seja fraca, seja frágil
Ou seja uma astuta raposa,
Ágil ...
Que salta e ataca a presa
Talvez tenhas sido apenas
Um Nada e eu
Uma desequilibrada!
Talvez
Tenhas sido um barco apodrecido
Atracado, nesta ancoragem
Sem rumo e sem sentido ...
Talvez, aqui nesta falésia
Se faça de mim, finalmente,
Poesia!
Ganhe coragem e mergulhe
No teu fundo – esse mar que me
Chama, louco, ávido.
E que reclama,
Na urgência e na certeza,
O calor lânguido do meu corpo!
Os corvos pretos, ali ao longe
Gritam, piam, os sons sibilantes
Cordas melodiosas, vibram
“Salta, salta Mel ...”
***
Eleva-se no ar um papagaio
De papel.
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