Queria que estivesses comigo agora
e tu não estás
Não estás quando os meus olhos choram
Quando o meu corpo dói
E, quando noite adentro
A minha Alma sofre, na dor da ausência...
Da tua boca não chega a palavra
Do teu corpo não emerge o gesto
A tua mão não se estende
E não me ampara
Morreram as estrelas nos meus olhos
E no meu corpo o lago dos nenúfares
É apenas um charco de águas paradas
Escapa-se o grito aflito da garganta
Tu não escutas ...
Sinto as lágrimas caírem, rolarem
e tombarem ... Já são luar...
São a revolta, da longa espera escura
Uma imensa poça ..
E o meu Mundo, composto apenas
De areias finas e movediças ...
Do olhar que amavas todos os mares se escapam
Dos lábios que desejavas não brotam mais sorrisos
Perdido está o siso, o senso e a calma
E perdida para sempre a esperança...
A esperança que se finda na Noite
Que me envolve e me acolhe – morte...
Deixas que as minhas lágrimas
Enovelem o teu rosto ...
Já não o vejo... já te não vejo...
Tão distante...
Solto de novo o pranto
Ora ancorado no profundo abismo
Do meu moribundo corpo.
Magoada reafirmo:
“não existes ... és apenas a minha
imagem projectada no precipício...”
Tombo, caio, não tenho medo!
De asas abertas, voo ... para a outra margem...
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