De manhã, quando o sol desperta
Já me encontra a sorrir e a passar o café.
O galo ao cantar
Já não mais estranha
Sabes que é a manteiga a derreter ao pão.
Ao estender a toalha
Ainda alva, estática na mesa
É meu rosto que vejo.
É a ela a quem pergunto:
Pelo o quê mesmo que me apaixonei?
Olho-me ao espelho
Meu cabelo sem brilho
Preso a grampos enferrujados
Apresenta minha alma
Desbotada e esquecida junto à louça.
Mais um pouco, eles levantam apressados...
Meu bem, você viu minha gravata?
Mãeee, não acho meu caderno!
O leite esparrama ao fogo
E acelerados todos se vão
E junto às migalhas encontro meu sorriso.
Dimythryus
14/01/2007
18h.26m.