Flexibilidade, humildade e verdade,
são três dos desígnios a praticar.
Já nascem connosco, em sinceridade,
que deles não tenhamos nunca olvidar.
Por natureza, do Homem é o esquecimento,
não admirando, que viva em sobressalto.
Esperançoso fica, olhando o firmamento,
quem sabe o que o tomará de assalto.
Mas se não sabe cuidar, o que em casa tem,
bem pode olhar os céus infinitamente.
Que do Universo não virá socorro de ninguém:
sei-o eu, sabemo-lo nós, discretamente.
É no trabalho, na educação de seus filhos,
que mora a grandiosidade de seu ser.
Como uma refeição, temperada a tomilhos,
acresce o paladar, dos filhos o vê-los crescer.
Esqueçam o futebol, o vinho e a cerveja,
torpor dos torpores, esquecimento total.
Antes vejam, como pura a fruta flameja,
alimento necessário, plenitude substancial.
Caminhamos entre religiões e promessas,
que nos cega os olhos, deixando-nos cativos.
Bem pode o Homem, vir a pedir meças,
que nada pode impedir, que nos tornemos altivos.
Vejam bem: o que conta é a descendência,
vermo-nos livres, de relicários mortos.
Quem assim lutar, em fiel permanência,
seus barcos acrescerão, em distintos portos.
De nós, aos outros, a grata camaradagem;
na aprendizagem colhida, o fiel da balança.
E assim será, que nascerá a nova linhagem,
porque, quem corre por gosto, não cansa.
Jorge Humberto
10/07/08