Na espuma ...
secreta bruma do tempo
Procuro mares de esperança -
- lembrança de tempos vividos
Procuro rumo, rota ...um sentido
Na espuma... rápida do tempo
Que ímpio, herético avança
Busco do teu corpo
averbamento
registo,
Procuro,
asas de vento,
sulcadas em contra-mão
Rotas perdidas, margens
leitos contidos, escrituração
Sinto e assinto no vento que sopra
Nos envolve e devolve na palavra solta
Que a mente louca, retira a mordaça
Da nossa Alma e a coloca na nossa boca.
Na espuma do tempo, envolves
Mordiscas, sorves e beijas
Em pranto contido a
Mulher que desejas.
Afagas a Alma,
Em notas
De
Chuva
São gotas
Vitrais de espuma
São grossos brocados
São desejos estancados
Em muros contidos,
Nos cinco sentidos
Tacteias, avanças na pele
E no corpo, afagas, percorres
Em êxtase, louco ... no arrebatamento,
Estancas o segundo no seu fragmento
Soltas a nota, balançam as ondas
São espumas, são brumas
São esporas aladas
São Almas
Aqui
Espumadas,
Reencontradas.
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Re: Espuma do Tempo
