NA LIBERDADE DO ESPAÇO
(Jairo Nunes Bezerra)
Das alturas vejo a Ilha do Governador,
Que solitária é pequeno ponto à parte...
E o avião penetra as nuvens com furor,
E o poeta reclinado é apenas o encaixe!
Foram-se as tardes de devaneios...
Entardecidas com as ondas revoltadas,
Que se precipitavam do mar cheio,
Chocando-se sobre areias indomadas!
E também se foram as rosas andantes,
Que inebriavam o poeta a todos instantes,
Com suas exuberantes belezas!
O mar verde, águas azuis e frentes frias,
Por semanas, alimentaram textos e poesias,
Que explanaram verdadeira realeza!