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Esse nosso jeito de amar pela cidade

 
Esse nosso jeito de misturar nossos suores e cheiros, nossos gostos, num amálgama de prazer e entendimento, de ir construindo um enredo, sem medo, pelos dias, pela vida, me deixa cheio de contentamento.

Essa manha que temos um com o outro, nossos encontros, encanto, esse nosso jeito, o toque das mãos, o beijo, nossas ansiedades, amizade, esses nuances, pequenos lances que aprendemos mutuamente, os nós desfeitos, o laço dos nossos corpos...

Esse nosso jeito de seguir em frente, de olhar no olho, a dança dos nossos corpos na cama, o quente, o entre, o que falamos antes e depois, durante, esses lances que colhemos, as flores, os odores todos, as conversas infindas...

Esses instantes em que queremos eternos, o vinho que bebemos, esse vento brando, o sol de inverno, as viagens perto, rapidamente, todas as tempestades e esse barco que remamos, o quanto nos damos intensamente...

Esses detalhes, os entalhes, minúcias, como ir em frente, onde podemos dar o beijo, o abraço, como despertar mais o prazer, as descobertas sob o lençol, as tensões, as palavras fortes, as mordidas, esse nosso jeito de fazer amor...

Esse nosso jeito de enfrentar a vida, o passado, a batalha, a lida, os obstáculos ultrapassados, os horários, os atrasos, a ansiedade, os desatinos, o mergulho em nosso mundo. Essa forma que criamos de estar juntos, mesmo distante, de quando parto querer ficar perto, de querer cehgar junto, feito luva e mão...

Essa fartura de palavras, de dizeres e de quereres. A falta de rima nunca fez falta ao poema, assim como o trema ao que, as vírgulas a quem tem o que dizer: coisas supérfluas, como a fala dos outros, o que acham ou deixem de pensar... Deixe pra lá, o que importa é nossa paixão, tesão, esse vulcão...

Essa insistência em expressar os sentimentos todos da minha parte, essa prolixidade para dizer o básico, as canções de amor, as músicas selecionadas, os sonhos, as idéias que vão rolando e criando asas, nossos caminhos pela noite, pela cidade, nossos carinhos, são chamas, são chances de felicidade.

Esses nossos encontros, nosso ponto forte, reciprocidade, gentileza. Essa névoa matutina logo dissipa, esse vento levando as mágoas, as águas lavando nossas feridas cachoeira abaixo. Que fique essa bandeira, mastro forte, que perdura, persiste e fica. Ficará o amor, certamente, insistentemente, repetidamente. É o que quero, é o que sei.


Meus escritossão verdades inventadas, fatos adulterados, fingimentos diversos; tentativas de pintar um quadro, fazer um canção, escrever um livro.

 
Autor
Raul Los Dias
 
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