De mil Tártaros retorno acalentando a morte desfeita em Braços magros,
No anseio de vislumbrar tua beleza de Ligéia,
Em insólita contemplação de romântica figura,
Ao túmulo violado em desejos forçosamente inumanos.
No nome cantado em tom de louvor,sacro,
Encanto que ressoa apaixonado em meus Lábios,musical,
Em brilho de olhos antes vazios e poços apenas,
Hipnotizados pela escuridão de infinitas dádivas,
Os teus,ébano em preciosos espelhos d`alma
Aprisionando toda atenção possível.
Na tez pálida, macia, desembaraçado medito em teu Corpo,
Dos longos cabelos negros ao sorriso,enigmas de Mistérios variados,
Prostrado,desfaço-me de todos os Deuses e Fanático,
Apenas tenho espaço e motivação em adorar-te.
Mickaelli de infinito amor ao crepúsculo Consagrado,
Despertado o decadente anjo,filho de Sodoma,
Arranco dos pulsos o rubro holocausto que toca Este solo,
De Nahemah a sobrenatural sedução,de pagã deidade,
Incontáveis virtudes que acariciam a face de anjo.
Restitui meu paraíso,devolve-me sentido,
Reconstruindo a redenção despedaçada em asas Negras espalhadas,
Nos demoníacos presságios de fim trágico,
A paixão sacrílega que invocou minha bondade
É a paixão que arrebata este nobre decadente e Desamparado.
Estrelas distantes brilham de intensos e Retumbantes delírios,
Nos sonhos desfeitos o teu desprezo seria maior Dos pesadelos,
Mesmo para aquele que caminhou entre poços e Mundos subterrãneos.
Apenas vagamente acreditando,estar um dia junto Aos encantos da mais bela de Avalon,
Afrodite em pele ebúrnea e cabelos escuros,
De solenes gestos e espectral brilho carregando Meu coração em mãos delicadas,
Afaste o pranto ancestral que permeia meu ser e Carinhosamente,
Abraça teu fiel admirador.