Entrem que vão gostar!
Homens sem braços seres aterradores
Esqueletos, vampiros, cobras e horrores
Esta é a casa assombrada da feira mais radical
Uma aranha que ascende pelos membros,
Materializando o ignóbil mal!
Compareçam que vão adorar!
Por momentos esquecem em exaltação
Os vossos assombros as prostrações
Os pânicos, a parvulez diária
O desânimo instalado nas vossas robóticas acções
Os sonhos desfeitos os sorrisos contrafeitos
A vida feita de cortantes traições!
Gritinhos desarrazoados de folgança
Saltos no escuro da indefinição
Abraços de aconchego
Em corredores de ilusão!
Assim é o domicílio de criaturas
Aparentemente humanas numa sociedade desvairada
Vómito de megalomanias e demente postura
Falta de bom senso em embarcações naufragadas
Alojo de imbecilidades feito animalidade pura!