Os minutos correm ora velozes, ora lentos,
numa luta competitiva, para chegarem às horas.
Espero em sinfonias de letras, um chá que não beberei.
Descubro um sentir novo.
Renovado.
Por isso, sempre novo. Mas com sabor antigo, revivido em tons de arco-íris e sabores perfumados.
Encantam-me os olhares e os saberes.
E a ternura sem idade.
A ternura sem fim de um beijo por dar. De um chá por beber.
Imagino momentos irrealizáveis.
Sonho cenários proibidos. A música é imprescindível neste sonho.
Quimeras soltas.
Breves tocares.
Alegrias breves.
A incerteza num adeus. O início num olá.
Memórias perdidas em tons de azul.
O sol cai direito ao peito.
Chocolate quente ao fim de um dia de Outono. Aconchegante, reconfortante. Doce, quente.
Mas sinto a falta do chá.
Sinto a falta da fuga aos olhares, da fuga de olhares, da fuga e do querer permanecer.
Sinto a falta do caminhar a passo, do toque na face, do olhar que me queima.
Sinto a falta da ternura dessas palavras mornas com que me brindas,
cada vez que conversamos.
E cada conjunto de palavras que se transformam em frases, numa dissertação humilde de temas fascinantes, bebendo cada informação como se fosse única, pois a descoberta das coisas que sabes e me transmites, é a aventura da minha vida.
Encontrar-te foi a forma de me enriquecer.
Descobrir-te é o sonho de viver.
Em cada palavra que troco contigo reconheço-me,
volto ao passado, sinto-me menina…
...e quando me afastas o cabelo dos olhos,
me acaricias a face ou me beijas a testa,
sinto por ti o que não pode ser sentido
e só por isso vale a pena sentir / viver!
Olho a vida com os meus olhos, mas vejo-a através de muitos olhares.
Através dos teus olhos, exalto os momentos em que me (re)descubro…
E conheço.
E sou feliz!
Luna