ESCRAVIDÃO DO VÍCIO
Na planície que desliza o vento.
No silêncio do relicário. . .
Perdido na noite, que acalenta os sonhos,
Desfaz-se à proa deste barco vago.
Tritura as ilusões, em verso e grita.
Espelha o rancor da alma e fala...
Esta amargura brotando à face aflita,
Enlouquece-se batendo fortes palmas.
Fragmentado neste furacão de gases,
Afogando-se na procela dos ácidos...
Estende a mão, procurando o sacrário santo,
Onde está, que não consegue achá-lo?!
Nesse refluxo de bravias ondas,
No remanso silente dos serenos lagos...
Desabrocha a flor, na montanha, exaurindo perfume,
Entre os pinheiros e o verde as suas lágrimas.
Naufraga o ego, nas ávidas tormentas.
Acompanha o féretro, seguindo o povo...
Imaginando a paz, crava o punhal ao peito,
Conhecerá, agora, do horror: pois está morto!