Curvar por dentro da boca aberta do teu beijo
na hora em que o Mar largo se perpétua
em eternas ondas, longínquas de espuma,
e, a coberto da bruma, copiosamente as desflora.
Ser flecha incendiária da arma secreta de Centauro
- archote anil, céu de veludo -, na elíptica forma do desejo.
Cansada adormecer por fim, no vigor selvático do teu braço.
Que, imagino, por dentro dos teus beijos
navegam à bolina todas as siderais aves do espaço.
Sim, esta noite, de mãos dadas, vogaremos
aos ritmos dionisíacos das estrelas, altaneiros castelos,
despenhadeiros, marés sem fim.
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