Catalépticos desejos amortalhados
em duvidosa perícia funerária,
a última lágrima será a minha.
De cada miasma pavoroso a tua lembrança triste no dia que se vai,
luzes espectrais adormecem no ambiente degradado,
através da janela a tempestade ruge,
quando não se pode ir mais fundo.
Delírios martirizadores em visões espectrais dantescas,
de subconsciente pertubado vozes imaginárias,trêmulas,
faustoso funeral solitário perde-se no segredo oculto na adega,
sob a relva corpos em espera de criptas consagradas,
mas nenhum deles suprirá essa ausência,tantas chances perdidas em maldiçoes hereditárias.
Rosas e vinho,podridão e frio,
sob o véu desenhos antigos,
sob o caixão lamentos apenas,
anjos de faces encobertas dizem adeus,
em liras emudecidas, o isolamento que estende-se até o jardim,
na confirmação de que parte a única companhia humana,arrastando-me também para o fim.