Não sei o que me fizeste, o facto
é que sem ti, sinto-me perdido…
Caminhando vou e o meu olvido…
sentindo fugir-me, o dúctil tacto.
O mundo parece mais rude, acto
consumado! E eu vejo-me retido
no mais inerte de mim! Envolvido
como se num estranhíssimo pacto!
Porque a distância, se intromete,
no que só a nós aqui diz respeito!
E isso e muito mais inda promete.
Forças estranhas, que nos isolam…
dor atroz, que invade o meu peito!
Elas, e mais ninguém, nos imolam…
Jorge Humberto
03/07/08