MEMÓRIA A UM POETA
Quis o destino turvar teu olhar, legado da História
Em vida, gênio inato de singular e invulgar sutileza
Pedra imortal da Pátria, hoje os louros da glória
Te ornam, como símbolo Luso da raça e nobreza
Herói foste, qual a imponente majestade
Vibra na espada, enlevado empunha a pena
No transe do talento, procura na verdade
Onde o homem cede, a gentil musa ordena.
Brilhas como estrela d'um Povo no ocidente
Cantas o amor sublime, teu eterno desejo
Recordas a aventura até á longinqua Gôa
Gravas a ouro o feito heróico e elequente
Façanha da brava gente que partiu do Tejo
Venceu o mar, levou ao mundo a sua Lisboa
AJF
O existir tem fundamento quando o olhar tem a expressão de um sorriso e nos abrimos á continuidade da vida