No estrépito consumado agitação do recinto de feira
Entre odores de estímulos gastronómicos
Suores de fragrância abalizada em pó dolente
Subimos em fascínio entre o medo e o desafio
Na circunferência perfeita materializada roda gigante
Sorrisos alargados de jovens e adultos
Crianças em êxtase transbordando em gritos de efervescência
Quais pássaros de cativeiro permanente
Voando mesmo engaiolados em gestos de demência!
Pairamos no ar em perplexidade atónita
Olhos inquietos a muitos metros do chão
Noite mágica num mundo de duendes
Luzes multicores desafiam a eterna solidão!
Transmutamo-nos em seres colossais que do alto
Contemplam criaturas sombrias e liliputianas
Flutuamos por momentos num mundo sem par de leveza
Como se por breves momentos omitíssemos
A humanidade imponderada desprovida de beleza!