Esqueço-me das tuas palavras,
flutuando na água como uma mensagem na garrafa,
vinda do mar, sonhos conquistados em distâncias
navegantes.
A brisa do mar,
flui no coração,
faz uam lavagem ás máguas,
concede-me perdão.
O búzio guarda os sons,
dos glorioosos tempos de poseídon,
com a transparência própria de
um modesto herói,
que transcende e deixa sonhar.
As marés sobem e descem,
seguindo os trajectos do nosso amor,
apenas á beira-mar pois a distância que nos separa já não percorre a dura rocha, que antes era um duro amor.
A magnitude do combate entre a rocha e a água chega aos ouvidos da noite que acaba
a guerra imortal no inverno menos solarento.
O som das marés,
ritmada pela viola,
e as chamas de meio metro,
faz-nos lembrar a juventude perdida,
mas, ao mesmo tempo,
lembra-nos que já fomos gigantes,
de alma e coração,
numa alegria desmedida,
no lugar mais belo que já conhecemos,
co sabor a refrescantes tempos.