A vida, esse grande dilema.
Que fazer para correr com ela
à sua velocidade, imortalidade, alegria e tristeza?
Esse oceano que nos separa da felicidade plena...
nele nado tentando chegar ao outro lado...
tentando terminar a minha vida
mais próxima da felicidade,
desejando nunca morrer
sem que quem está à minha volta
seja tão ou mais feliz que eu...
para quando deixar de viver e repousar,
para todo o sempre, seja capaz de dizer:
“Tenho a consciência tranquila”!
A vida, algo tão simples de viver
e tão complicado de sobreviver;
uma lufada, uma corrente de ar
que voa com o amor a par e par...
A vida, simples sorriso de uma criança,
simples grito arrancado à esperança,
pureza das águas claras de um rio
em cada gesto teu para que eu sorrio...
Nesse teu sorriso ganho mais força
para te dar mais uma razão para sorrires
e assim posso saber que nos teus lábios
estará sempre um sorriso que posso admirar.
Mas eu não quero só um sorriso
arrancado ao simples beijo que preciso.
Quero o toque sublime de um respirar
disfarçado num suave, breve suspirar.
E quem disse que sentir não é nada?
Quem disse que uma palavra não é desejada?
Para quê um beijo roubado, arrancando?
Pede-me um beijo com o teu olhar,
porque só o meu sabe o teu desejar...
Pede, mas pede sempre com o fulgor do olhar.
Pois apenas esse portal da alma
faz desejar não um, mas sim outro,
outro e mais outro eterno beijo...
completando sempre, mas sempre o anterior!