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DIAS DE AMOR

 
DIAS DE AMOR

Levanto-me, conto as pétalas que no meu sonho
perfumou a nossa paixão.
Vou caminhando sem destino, sempre com o aroma
da saudade.
Saudade das juras de amor,
das tuas mãos na pele do meu corpo
tão amarrotado do teu silêncio.

Vou escrevendo esperança em papel de sonho.

Escrevo ilusão, mas a tua pele está seca
e não ouves as palavras.
Fantasiei o amor no passar dos dias, falei-te da vida
do nosso mundo, do nosso sol-pôr
do fio da verdade.

Esperei-te nas ondas do meu caminhar
esperei o teu sono no meu ombro
esperei as tuas mãos no meu cabelo, queria guardá-las
entre as tuas gargalhadas na brisa fresca
dos teus lábios, e no brilho da inquietação dos gestos e das emoções.
Queria abraçar-te no meu mundo, neste templo com hinos de amor.
Deslizo, nas rugas dos lençois que ouviram o nosso amar, que
sentiram o sonho duma noite.
É tão urgente abreviar esta demora, e procurar
os caminhos da ternura.
É tão urgente os abraços nos labirintos do coração
e na secura da alma atordoada num desejo
e na fogueira do meu corpo.

Esperei-te tão nua
somente vestida de luar.
Esperei-te, sim, no perfume duma flor...e no fascinio do silêncio...chamei o teu nome...

Amália LOPES

junho2008





 
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amalitapoeta
 
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