Sombrios motivos,
Inauditas verdades,
Há quem ache,
Por veneração ao recluso defunto.
Entre baixelas de prata,
Gordos cidadãos,
Degustam alguma poção alcoólica
Que os livre de coisa
Que ninguém sabe o que é.
Escondida no uniforme
De alguma alma exilada, perdoada
Das angústias,
Que vez por outra,
Doa ao hemisfério sul.
Foi encontrada,
Dizem,
Encravada no peito
Da alma andarilha,
Desiludida,
Por hermético desejo,
De se tornar sedentária.
Achada perdida,
Em montes de papéis
Que o rábula
Remexia todos os dias,
Com a veneração dos desenganados.
Estuprada foi,
Em momentos desventurados,
Pelas mãos de cérebros habilidosos,
Críticos famosos,
Que não entenderam
Na forma desconexa,
Na rima imprecisa,
Nos erros primários,
A mera pretensão
De expressar
Um gostar primeiro
De uma paixão adolescente.