Despertado no meu subconsciente amargo pesadelo infantil,
De pavores noturnos reflito, revivo,
A dor silente de um castigo outonal
Em frio cadáver cataléptico frágil e floral,
Resfriado do lado de fora da janela.
Apenas resisto, vegetando não caminho, assisto
o tempo que se esvai perdido
Feito amargo veneno no canto dos lábios ressequidos,
Contornando meu angelical rosto entristecido,
Comovente drama espiritual
Sem tubos e máquinas enterneço meus parentes,
Dor e lágrimas transformam palavras em amargo silêncio,
De olhares meditativos em conclusão confusa,
Veias verdes e azuis saltam através de membrana translúcida.
O não nascido revê aqueles dias,
Por cada crepuscular ataque lancinante,
O coração intumecido que bate vacilante infelizmente,
Não dá mostras ainda que cessará de estremecer.
Dias cálidos e tenebrosos de infância,
Amaldiçoados vermes pecimistas corroendo famintos na batalha final,
Que os anjos do inferno tenham piedade de todo universo,
Da cama não ouso gritar ou movimentar olhos fechados de novo.
Assisto assim o descortinar de uma era repetida,
Minutos lentamente decompostos a luz do dia,
Morte, esta impiedosa rejeita-me
Permitindo que sua criança de pouco em pouco
apodreça o cinzento amanhecer.